Théodoro Chassériau - Tepidarium | M8

Tepidarium

Acontecimento mundano antes da exposiçao artística, o Salon  -Organizado, primeiramente de dois em dois anos, depois anualmente,  pelo Institut de France – é a mais preciosa se não a única ocasião para os artistas se mostrarem ao grande público na Paris do século XIX. No Salon triunfavam pinturas como esta obra-prima de Théodoro Chassériau. 


A tela de grandes  dimensões, a escolha do tema histórico, o estilo obtido apartir de exemplos do passado mas não isento de elementos modernos (por exemplo, um tecido cromático vibrante, quase á Delacroix) e a beleza idealizada das mulheres retradas, colhidas em posição lânguidas e sedutoras, refletem plenamente o gosto da arte oficial. O ambiente numa época antiga- uma Pompeia romanesca, uma espécie de paraíso perdido – permite ao artista representar uma cena de forte índole erótica sem suscitar escândalo. Objectos como este são, na época, bastante procurados exactamnete  em virtude da sua perturbadora – mas não imoral – sensualidade. 


Na composição entrecuzam-se , de forma evidente, as referências estilísticas de Chassériau: Rafael, a estátua clássica, a tradição francesa (sobretudo Poussin) Ingres e Delacroix.
Desde a sua descoberta, século XVIII, as ruínas de Pompeia e Herculano ofereceram aos artistas uma preciosa fonte de inspiração. No decurso de uma estada em Itália, Chassériau estou pessoalmente os vestígios da Antiguidade os sitios arqueológicos de Roma e de Nápoles, dos quais extraiu importante apontamentos para as suas composições.